
Roberto, vamos direto ao assunto: dói falar em Seleção Brasileira?
- Dói porque em 16 anos de Seleção, as pessoas querem me crucificar por um gol. O gol da França na Copa de 2006. Todos já disseram e sabem que eu não deveria estar marcando na pequena área. Eu tinha de ficar no rebote, na entrada da área.
Por isso estava ajeitando a meia. Eu estava no lugar certo, no lugar que o Parreira definiu para eu estar. O resto é bobagem e maldade. Muita gente que não gostava de mim se aproveitou para falar mal. Tentaram manchar a minha imagem. O meu currículo na Seleção é maravilhoso e fala por mim. Em 16 anos de convocações seguidas eu só perdi 13 partidas. O que as pessoas podem criticar.
Eu sempre dei o meu melhor e com muito orgulho pela Seleção. Fui campeão do Mundo, da América, da Copa das Confederações. Ninguém vai manchar a minha passagem pela Seleção. Podem falar o quanto quiser. O meu currículo responde se houve ou não injustiça em relação a mim.
O Cafu já me disse que não tem nenhuma esperança de jogo de despedida pelo Brasil. Você também acha que não terá o seu? Gostaria de ter?
- Vou ser bem sincero: isso é uma coisa do Brasil. Eu já perdi a conta de tantas partidas de despedidas eu já fui. E em todo o mundo. Menos no Brasil. Não sei o motivo. Não acredito que seja uma coisa pessoal. Inúmeros jogadores importantes não tiveram a sua. Por que eu ou o Cafu deveríamos ter as nossas?
O que importa é que nós sabemos o que fizemos com amor pela Seleção. Ninguém vai poder dizer que nós não fomos importantes para o futebol brasileiro. As nossas conquistas ficarão para sempre. Se a CBF quiser fazer despedidas para nós, ótimo. Se não, tudo bem. Não vale a pena nem ficar pensando neste assunto.
Você completou 14 anos jogando fora do Brasil. O que o Exterior mudou a sua vida?
- Além de crescer como jogador, melhorei como pessoa. Vivi outras culturas, cresci muito culturalmente.
Sei que só interessa para os torcedores o lado jogador, mas a Europa foi ótima para a minha vida como pessoa. Hoje eu sou alguém com uma visão diferenciada do meu país, do futebol brasileiro. Eu evolui.
Fiquei mais crítico em relação a tudo. Hoje minhas atitudes são conscientes. Me desgasto bem menos. Antes eu ficava exposto, agora não. Falo com quem eu quero, me protejo mais. Já apanhei muito, de graça, sem merecer.
Por falar nisso, aqui no Brasil vários empresários dizem que você está se oferecendo aos clubes…
- Não estou falando? Isso é um grande bobagem. Acabei de finalizar de vez a rescisão do meu contrato com o Fenerbahce. A diretoria queria que eu ficasse, mas falei que voltaria para o Brasil de qualquer maneira.
Eu quero, a minha mulher quer, será melhor para a minha vida. Os dirigentes entenderam. Farei meu último jogo no dia 20 de dezembro. No dia 21 desembarco em São Paulo. Vou explicar os contatos com os clubes brasileiros…
- Desde que saí do Brasil tive várias propostas para voltar. Mas era impossível concorrer com a Inter, Real Madri e o Fenerbahce. O Fluminense me procurou para voltar no meio do ano. As negociações não deram certo.
Depois surgiram os clubes de São Paulo. Conversei muito com o Vanderlei Luxemburgo e dei a prioridade ao Santos. As coisas estão adiantadas, não fechadas com o Santos. Só sei que irei jogar mais dois anos em um clube de São Paulo.
Você se ofereceu ao Corinthians?
- Falaram um monte de bobagem. Graças a Deus eu não preciso me oferecer a clube nenhum. Fui procurado pelo Corinthians e pelo Palmeiras. Adoraria no Corinthians não só pelo meu amigo Ronaldo ou pelo centenário. Teria muito prazer de ter no meu currículo o fato de ser jogador corintiano Assim como santista. Em relação ao Palmeiras, a minha história no clube abre a chance de uma volta.
Mas vou repetir com toda a calma do mundo. Não me ofereci para ninguém. Fui procurado. Repito: pro-cu-ra-do (diz vagarosamente as sílabas). Espero que acabem as mentiras que dizem de mim aí no Brasil. As pessoas estão me convidando.
O Ronaldo pode fazer com que você venha para o Corinthians?
- Não preciso nem falar da minha amizade e o quanto gosto do Ronaldo. Repito, o Corinthians já é uma equipe importante demais que sempre me atraiu. Se der certo, seria ótimo.
Passei a trabalhar com o mesmo procurador do Ronaldo, o Fabiano Farah. Isso talvez ajude as coisas. Não sei. Tudo está em aberto. Para o clube que voltar quero dar o meu máximo.
Como você está fisicamente aos 36 anos?
- Muito, mas muito bem mesmo. Meus testes são ótimos. Continuo jogando um futebol de alto rendimento. Não vou voltar para o Brasil para enganar ninguém. Respeito todo mundo, mas principalmente a mim mesmo. Quero voltar para ser campeão por onde estiver.
Você tem uma equipe de Stock Car e é um dos donos do Ituano. Por que se preocupar com essas coisas? Não seria melhor curtir o dinheiro que ganhou?
- Eu não consigo deixar de fazer o que gosto. Adoro velocidade e a equipe de Stock Car me dá muito prazer. O clima de competição me traz ânimo, vida. Adoro as corridas.Quanto ao Ituano será uma retribuição ao futebol. Preciso retribuir já que tudo o que tenho devo ao futebol.
Estou reconstruindo o Ituano. O ex-presidente Oliveira Júnior (seu antigo empresário com que é brigado) arruinou o clube. São dívidas e mais dívidas. Processos trabalhistas de todos os lados. Eu e o Juninho Paulista estamos colocando tudo em ordem. Vamos montar um bom time para o Campeonato Paulista. Itu e o interior do Estado merecem que eu mantenha um clube. Está dando trabalho, mas vale a pena.
Vem pro SANTOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!SANTOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!SANTOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirVaza para os Gambas....
ResponderExcluirs~enão vai ser mais um
no Asilo Santos FC...
Vai pro timão!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirVamos ver o que se "pretende" com o Ituano.. não creio que vá manchar sua imagem juntamente com o Juninho Paulista que são de caráter indiscutíveis... Porém, no Galo Ituano queremos apenas decência e transparência... CONTE COM NOSSA TORCIDA E APOIO... ROBERTO CARLOS E JUNINHO...
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