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segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Clubes empresas não querem pagar impostos
Esta acabando o prazo de cinco anos de icentivos fiscais garantidos pela Timemania a clubes formados por empresas. De acordo com a lei, os clubes que são sociedades empresárias, teriam cinco anos de isenção do pagamento de quatro diferentes tipos de impostos.
A medida, quando a Timemania foi criada, era uma forma de equiparar os clubes-empresas daqueles que são sociedades sem fins lucrativos, como são os clubes sociais que geralmente formam os clubes de futebol.
Desde julho, alguns dos principais clubes-empresas do país têm se mobilizado para tentar fazer com que o governo reveja o artigo 13 da Timemania, que prevê o fim dos incentivos. De acordo com o grupo, encabeçado por Red Bull e que tem, entre outros, o Primeira Camisa, de Roque Júnior, e o Desportivo Brasil, da Traffic, sem os incentivos os custos anuais de manutenção dos clubes devem crescer cerca de 9%.
Uma carta já foi enviada em julho para o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., e para o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Com 14 páginas, o documento procura mostrar para o governo que, apesar de a composição societária desses clubes visarem ao lucro, na prática eles são associações desportivas tais quais os demais clubes associativos (como aqueles que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro), cuja finalidade é disputar competições de alto rendimento.
A reivindicação é interessante, porque pega numa discussão sobre o próprio modelo de gerenciamento dos clubes de futebol no país. Os clubes que encabeçam o pedido à CBF e ao Ministério do Esporte são entidades que não atrasam salários, sendo que muitas delas são reconhecidas como centros de excelência na formação de novos jogadores.
O que os diferencia dos demais times, geralmente, é o fato de que existe um dono desses clubes (pode ser uma empresa ou um empresário), e que por conta disso a gestão dessas entidades não pode ser falha.
No fim das contas, o aumento da carga tributária sobre esses clubes é uma forma de punir o bom gerenciamento das entidades. Mais curioso ainda é ver que a lei que poderá gerar um aumento de carga tributária a esses clubes é aquela que foi criada para, pela terceira vez, dar um perdão à dívida dos clubes pessimamente gerenciados, a partir da criação da loteria para sanar pendências com o governo, mas que não conseguiu, até hoje, cumprir com os objetivos propostos.
Muitas vezes me perguntam o que acho do surgimento de clubes ligados a empresas, ou a empresários. Por mais que eles não tenham uma história e um vínculo com torcedores, acredito que esse seja o melhor caminho para a profissionalização do futebol. Enquanto os clubes forem entidades associativas em que os seus dirigentes não são penalizados por gestões temerárias, a farra com o dinheiro alheio continuará.
Ainda mais com a manutenção de leis que incentivam o perdão a quem errou na administração de recursos e que levam mais tributos a quem tem um trabalho bem feito e bem orientado.
Para o bem do futuro do futebol, os clubes precisam passar a ter donos. Só assim a farra com o dinheiro diminuirá.
" Eu acho que com a criação de novos clubes empresas sem tradição nem uma no futebol Brasileiro é o fim do verdadeiro futebol de clubes tradicionais do amor a camisa, clubes empresas servem para encher o bolso de empresários.
Fonte:uol
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