Mergulhado em crise econômica, clube argentino receberá sete vezes menos com os direitos de transmissão na próxima temporada
O empate por 1 a 1 com o Belgrano, no Monumental de Nuñez, sacramentou o rebaixamento do River Plate no Campeonato Argentino neste domingo. O time do presidente Daniel Passarela terá que enfrentar a Segundona do país, na próxima temporada. Revoltados, torcedores do clube entraram em confronto com os policiais e apedrejam carros e o próprio estádio.
O tema foi abordado no "Redação SporTV" desta segunda-feira. Para o comentarista do Campeonato Argentino, do "SporTV", Manolo Epelbaum, o rebaixamento começou a ser escrito há dois anos, quando o River já começava a passar por problemas financeiros. A queda fará o time de Buenos Aires perder receitas importantes nas próximas competições, abalando ainda o momento econômico do clube em 2011.
- Tudo começou quando Simeone assumiu o comando da direção técnica do time há dois anos. Pela primeira vez em sua história, o River Plate ficou na última posição entre os 20 times no Campeonato Argentino. O clube não tinha o controle, a ordem, a organização e a parte monetária. O River não é um time só dos torcedores da Argentina. É um time para todos os admiradores de um bom futebol mundial. Nos anos 1940, o River era chamado de a Máquina. E chegou a ter 11 jogadores na seleção argentina, como um fato inédito. Era só trocar de camisa. É um clube de grandezas históricas. Com a queda, o River receberá no direito de transmissão sete vezes menos por jogar a Segunda Divisão. Isso vai difcultar seu novo passo com o destino de volta à Primeira Divisão, lugar que não deveria ter saido – lamentou.
O jornalista Carlos Eduardo Éboli, da rádio "CBN",também lamentou a queda do River, mas disse que nada justifica a violência da torcida por conta do rebaixamento.
- É uma história que já estamos acostumados aqui no Brasil, de um grande cair para a Segunda Divisão. É uma novidade para o River Plate. É a primeira vez em 110 anos de sua história. Essa violência descontrolada não justifica nada disso. O River vai se estruturar e vai voltar. Mas é um parágrafo dramático na história de um clube tradicional - disse.
Por SporTV.com
Rio de Janeiro
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